Show dia de domingo, em plena época de copa do mundo de
futebol é sinônimo de casa vazia, certo? Errado!!! A quinta edição do Metal
Solidário provou que nem sempre essa premissa é regra. O evento aconteceu no
último no América Rock Club, no último dia 29, e marcou o lançamento do debut
CD da banda Phenesy, além da participação das bandas Mãe Hostil, Scania,
Seconds of Noise e Bruto. Todas as bandas desempenharam muito o seu papel, no
entanto o público deu um show à parte, que abraçou a causa social do evento, e
contribuiu com um quilo de alimento.
Por volta das 17h40, a banda Mãe Hostil deu início aos
trabalhos. O público ainda era pequeno, e bastante frio. Ainda assim, que já
estava no local pode presenciar um power trio bastante competente, e
extremamente pesado. A linha de frente é comandada pela guitarrista Sara Abreu,
que comandava as seis cordas da banda Estamira. Na Mãe Hostil, Sara assumiu
também os vocais. E mesmo reclamando que não estava com a garganta 100%, urrou
e mandou muito bem!
A segunda banda a subir no palco foi a Scania. Velha
conhecida do público de Taguatinga, a banda já chegou mostrando a que veio. Um
show mais que competente. As influências de pantera são claras, e ao vivo isso
aflora e contribui para o peso da massa sonora. O vocalista Mário está
segurando muito a onda, e tem se mostrado um ótimo frontman. Outra coisa que
chamou a atenção foi a presença de palco do baixista Nescal, que mostrou porque
foi a opção certa para ocupar o posto do deixado pelo vocalista Mário.
Na sequência, veio a veterana Seconds of Noise. Luzes
apagadas, e uma introdução sinistra anunciam o que estava por vir. Death-Metal
pesado e algumas passagens de Grind-Core. O set, baseado em músicas novas, que
estarão presentes em seu próximo álbum, agradou ao público que começava a lotar
a casa. O show marcou a despedida do baixista Valterli, que deixa a banda após
20 anos de serviços prestados ao Underground. O Seconds se mostrou bem à
vontade no palco, deixando claro que estava bastante feliz por participar do
evento.
A penúltima banda a se apresentar foi a Bruto. O quinteto
está afiadíssimo e fez uma apresentação pra lá de correta. A nova formação, que
agora conta com o baixista Daniel (ex-Flashover), está muito coesa, e bastante
entrosada. O vocalista Kbça interage muito bem com a platéia, e em certo
momento pede uma salva de palmas para o organizador Fellipe CDC, ressaltando a
importância do mesmo para a cena Underground do DF. A banda destilou várias
músicas do seu primeiro CD, mesclando-as com novas composições que já são
conhecidas do público.
E para fechar a noite, sobe ao palco os donos da festa. A
banda Phrenesy conquistou o público logo na introdução. Neste momento, a casa
já estava lotada, e todos se concentraram em frente ao palco, para prestigiar a
Phrenesy. Várias músicas do CD foram apresentadas ao público, que respondia com
a mesma intensidade que as canções eram executadas. Impossível não destacar a
participação dos filhos do vocalista Wendel, cantando o refrão da faixa título The
power comes from the beer. Muito legal saber que o futuro do nosso Underground
está garantido. A todo o momento é possível ver a felicidade da banda, e mais
ainda a do público, que agitou em todos os momentos. A apresentação contou
ainda com a participação de vários convidados, como o vocalista da Scania,
Mário Alves.
E assim foi a quinta edição de um evento que tem dado muito
certo. Ponto positivo para a produção, que não atrasou o início do show,
fazendo com que o evento terminasse antes das 22h. E ponto mais que positivo
para o público, que lotou a casa, prestigiou as bandas, e ainda colaborou com a
doação de alimentos. Que venha a sexta edição!
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